quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Moções Proféticas - RCC BRASIL

Aperfeiçoando o dom da escuta da vontade de Deus

“Aquele que fala em línguas não fala aos homens, senão a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas sob a ação do Espírito. Aquele que fala em línguas edifica-se a si mesmo.” (I Cor 14, 2.4)
“Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos segundo Deus.” (Rom 8,26-27)

Maria Beatriz Spier Vargas, secretária-geral do Conselho Nacional da RCC, enviou-nos uma partilha sobre a experiência da novena de oração em línguas. Veja a seguir como lhe veio esta inspiração e a forma de fazer a novena: “Um dia, preparando uma pregação sobre oração em línguas, senti a moção de fazer uma novena de oração em línguas. Sinto alegria em partilhar com vocês essa novena, porque tenho experimentado muitos benefícios na minha vida pessoal e na minha missão através dela. Também as pessoas a quem a ensinei, dão testemunho de muitas graças", conta.
Tenho observado, principalmente, dois frutos ao fazer a novena. O primeiro, mas não necessariamente o mais importante, é o do exercício do próprio dom. À medida que nos abrimos ao dom das línguas, o próprio Espírito vai renovando o dom em nós e passamos a orar em línguas com uma unção nova. O segundo benefício, ou fruto, dessa novena é que ela desenvolve de maneira especial o dom da escuta da vontade de Deus. Se você tem uma decisão importante a tomar, um discernimento a fazer, eu aconselho a novena. Deus se revela, Ele fala de maneira muito específica, com instruções muito claras, orientando o nosso discernimento.”

COMO FAZER A NOVENA

Inicie agradeçendo a Deus por esse dom maravilhoso.

Depois tome consciência de que quando você ora em línguas é o próprio Espírito Santo que intercede ao Pai, em nome de Jesus, por você, por essa situação que você está apresentando.
O Espírito Santo, que perscruta os corações, sabe o que está no seu coração, mas conhece também o desejo do coração do Pai, e o desejo do coração do Pai é que o nome de Jesus seja glorificado.
Então, enquanto o Espírito Santo usa suas cordas vocais, seu aparelho fonador, sua voz, seus lábios para interceder por você ou por essa situação, seja o que for que precisa acontecer para que o nome de Jesus seja glorificado, para que Jesus tenha a vitória sobre a vida apresentada na oração, é isso mesmo o que o Espírito Santo estará pedindo ao Pai. Ao orar em línguas mantenha isso no seu pensamento.

A seguir, você começa a orar: no primeiro dia cinco minutos, no segundo dia dez minutos, no terceiro quinze minutos, e assim por diante, cada dia aumentando a oração em cinco minutos, até chegar ao nono dia, quando você vai orar em línguas por quarenta e cinco minutos.

É importante manter um caderno ou papel e lápis ou caneta junto de você enquanto ora. Quando você sentir uma moção do Espírito comece a escrever. Depois, ao reler o que você escreveu você ficará espantado de ver que você não teria pensado nessa solução para o problema, ou pensado em conduzir as coisa desta forma. Ao reler o que você escreveu você verá que foi o próprio Espírito Santo se revelando a você.
Convido você a fazer esta linda experiência da escuta de Deus e que ela produza na sua vida os maravilhosos frutos que tem produzido na minha.
Fonte: http://www.rccbrasil.org.br/artigo.php?artigo=97

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MOÇÕES PROFÉTICA / RCC NACIONAL

PUBLICADO NO DIA 14/10/2010 | 17:14:18


Moções proféticas para o tempo de hoje

Não temas, respondeu Eliseu; os que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: ”Senhor, abri-lhe os olhos, para que veja.” O Senhor abriu os olhos do servo, e este viu o monte cheio de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu.” II Reis 6, 16-17
Na primeira parte das moções proféticas para os tempos que estamos vivendo, foi ressaltada a promessa de revogação de sentenças, de portas abertas. No entanto, a profecia se desdobra, e o Senhor nos pede também a disposição de atacar as brechas e reconstruir os muros, fazendo-nos a promessa de nos dar a sua proteção.
Partilho uma palavra dada ao Conselho Nacional e, portanto, a todos nós: “Quero renovar a cada dia a graça do meu Espírito, quero vos purificar e vos convido a entregardes a mim os espinhos na carne. Eu vos quero livres dos pecados que vos tem atormentado. A decisão firme que quero de vós é a da mudança de vida, de conversão. Eu vos peço compromisso com a verdade. Ide ao fundo e arrancai de vossos corações todo o mal. Não tereis autoridade se não vos converterdes até nas pequenas coisas.”
A cada dia o Espírito Santo nos ajudando. Nós podemos, então, olhar para todas as áreas da nossa vida com os olhos do Espírito da Verdade, para ter a coragem de enfrentar os problemas, na verdade, sem ilusão, sem medo, e dar passos concretos para mudar. O Senhor tem repetido muitas vezes: ”Coragem, não tenham medo.” Durante a reunião do Conselho Nacional que precedeu o Encontro Nacional de Formação, mais precisamente na noite de 26 de janeiro, reunimo-nos diante do Santíssimo para fazer a consagração de todo o projeto de construção da nossa Sede Nacional bem como a da reconstrução de nossas vidas e missão. O Senhor falou em profecia: “Coragem, não tenham medo. Erguerei muralhas de fogo em torno de vocês para proteger o que precisa ser construído, e também reconstruirei as muralhas na vida de cada um, as que desabaram. Quero vigias que zelem com fidelidade os projetos que estão no meu coração”. A confirmação veio em II Reis 6, 8-17, onde Deus dá ao profeta Elias e a seu servo a capacidade de ver carros e cavaleiros de fogo ao redor da cidade para protegê- los, um exército celestial muito maior do que o exército que o rei da Síria havia enviado para combatê-los.
Porém Deus só dá essa capacidade de ver, ao homem de Deus, Eliseu era um homem de Deus. Se formos homens e mulheres de Deus, se voltarmos às nossas práticas espirituais: leitura diária da palavra, Eucaristia, oração do terço, jejum, vida de oração, então Deus nos dará coragem para enfrentarmos os problemas na nossa vida e a cada dia nos dará uma nova unção e Ele mesmo vai reconstruir conosco.
Deus quer fazer essa obra em nós, o nosso “sim” para Ele começar a agir é a conversão, é mudar do desânimo para a esperança, do medo para a coragem, da acomodação para o enfrentamento das coisas que estão erradas na nossa vida, da ilusão e da mentira para a verdade. Este é o sinal para Deus começar a agir.
Mãos à obra! “Os que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles.”

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

FORMAÇÃO/ RCC BRASIL

O sonho de Deus

“Então Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra.’ Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. (...) Deus contemplou toda a sua obra e viu que tudo era muito bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia.” (Gn 1, 26-27.31)
O primeiro homem não só foi criado bom, mas também foi constituído em uma amizade com o seu Criador e em uma tal harmonia consigo mesmo e com toda a criação que o rodeava, que só serão superadas pela glória da nova criação em Cristo.
Interpretando de maneira autêntica o simbolismo da linguagem bíblica à luz do Novo Testamento e da Tradição, a Igreja ensina que os nossos primeiros pais Adão e Eva foram constituídos em um estado de “santidade e de justiça original”. Esta graça diante da santidade original era uma “participação da vida divina”.
Pela irradiação desta graça, todas as dimensões da vida do homem eram fortalecidas, o homem não deveria nem morrer, nem sofrer. A harmonia interior da pessoa humana, a harmonia entre o homem e a mulher e, finalmente, a harmonia entre o primeiro casal e toda a criação constituíam o estado denominado “justiça original”.
O “domínio” do mundo que Deus havia outorgado ao homem desde o início realizava-se antes de tudo no próprio homem como domínio de si mesmo. O homem estava intacto e ordenado em todo o seu ser, porque livre da tríplice concupiscência (cf. 1Jo 2, 16) que o submete aos prazeres dos sentidos, à cobiça dos bens terrestres e à autoafirmação contra os imperativos da razão.
O sinal da familiaridade com Deus é o fato de Deus o colocar no jardim. Lá vive “para o cultivar e o guardar” (Gn 2, 15): o trabalho não é uma penalidade, mas sim a colaboração do homem e da mulher com Deus no aperfeiçoamento da criação visível.
É toda esta harmonia da justiça original, prevista para o homem pelo desígnio de Deus, que será perdida pelo pecado dos nossos primeiros pais. (CIC 374-379)
Em nossa experiência cristã, muitas vezes ouvimos falar sobre o pecado original. Aprendemos que Adão foi o responsável pela perda da intimidade de todo o gênero humano com Deus. Vemos a nossos primeiros pais apenas como os culpados pela desobediência. Esta visão limitada influencia a maneira como vemos a natureza do próprio Homem. Muitas pessoas que vivem a realidade do Espírito passam a ver sua humanidade como um peso, um fardo a carregar durante a ‘travessia terrestre’. Para compreender o papel e principalmente o valor cristão de nossa humanidade, é preciso resgatar o plano de Deus para esse Homem, antes da queda.
A Palavra nos conta que Deus desejou, planejou e criou o Homem. E o fez conforme Sua vontade. Nada Lhe escapou. A bondade e o Amor do Pai pelo Homem o fizeram desta forma.
O Catecismo ainda nos ensina: “De todas as criaturas visíveis, só o homem é capaz de conhecer o seu Criador; ele é a única criatura na terra que Deus quis em si mesma; só ele é chamado a compartilhar, pelo conhecimento e o amor, a vida de Deus. Foi para este fim que o homem foi criado, e aí reside a razão fundamental da sua dignidade” (CIC 356). Podemos dizer que o maior presente de Deus ao homem é a sua própria humanidade. Todos os outros valores dados ao homem pelo seu Criador, como a vida, a liberdade, o amor, giram em torno da sua humanidade. Apenas ao gênero humano foi dada tal dignidade. Como exemplo, citamos: uma árvore tem vida, mas, dependendo da situação, pode ser cortada; um animal tem vida, mas em alguns casos, precisa ser sacrificado. Só a vida humana não pode ser ameaçada em nenhuma circunstância. Toda a vida é valiosa, mas a do ser humano é mais ainda. “O homem na verdade não se engana quando se reconhece superior aos elementos materiais, e não se considera somente uma partícula da natureza ou um elemento anônimo da cidade humana. Com efeito, por sua vida interior, o homem excede a universalidade das coisas. Ele penetra nessa intimidade profunda quando se volta ao seu coração, onde o espera Deus, que perscruta os corações, e onde ele pessoalmente sob os olhares de Deus decide a sua própria sorte.” (GS 14, 2)
Desta forma é preciso entender que o Amor paternal de Deus está sobre o gênero humano desde a criação e nunca se afastou dele. E este Amor se derrama justamente dessa forma porque somos ‘gente’, por que somos seres humanos. Diz o Eclesiástico: “Que raça é digna de honra? A raça dos homens” (Eclo 10, 19).
Santa Catarina de Siena orava: “Que motivo vos fez construir o homem em dignidade tão grande? O amor inestimável pelo qual enxergastes em vós mesmo a vossa criatura e vos apaixonastes por ela; pois foi por amor que a criastes, foi por amor que lhe destes um ser capaz de degustar o vosso Bem eterno” (Dial. 4, 12). E São João Crisóstomo: “Quem é, pois, o ser que vai vir à existência cercado de tal consideração? É um homem, grande e admirável figura viva, mais precioso aos olhos de Deus do que a criação inteira: é o homem, é para ele que existem o céu e a terra e o mar e a totalidade da criação, e é à salvação dele que Deus atribuiu tanta importância, que nem sequer poupou seu Filho único em  seu favor. Pois Deus não se cansou de tudo empreender para fazer o homem subir até ele e fazê-lo sentar à sua direita.” (Serm. In Gen. 2, 1).
Quando o Senhor criou a humanidade, tinha um projeto, um sonho. É disso que nos fala o Novo Catecismo: “(...) Adão e Eva foram constituídos em um estado de ‘santidade e justiça original’”. A santidade é a participação da vida divina. A justiça é a harmonia do Homem com Deus, com a Mulher, com toda a criação e consigo mesmo. A harmonia consigo mesmo é o autodomínio. Esse é o projeto de Deus para o Homem. Quando vem a queda, Deus não desiste de seu projeto. Com a saída de Adão e Eva do Paraíso, tem início o esforço do Pai para recuperar seus filhos (cf. Gn 3, 15).
A queda de Adão e Eva não é uma consequência de sua humanidade, antes o é do mau uso da liberdade, do livre arbítrio concedido por Deus. A queda não acontece porque Adão é um ser humano, mas porque não soube obedecer a Deus e deixou-se levar pelas seduções do Mal. Desde então pesa sobre o gênero humano o pecado original. Mas “onde abundou o pecado, superabundou a Graça” (Rm 5, 20). Glória a Deus pela sua misericórdia! O que é preciso entender é que o Senhor não criou o Homem com tendência ao pecado, porém esta tendência ocorre pela marca do pecado original. Mas o Senhor não permitiria que sua criatura mais querida permanecesse exilada do Paraíso eternamente. “O que era impossível à Lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus o fez. Enviando, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que a justiça, prescrita pela Lei, fosse realizada em nós que vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito (Rm 8, 3-4).
Na cruz de Cristo, o Pai resgata para nós o que Adão perdera. O Senhor nos devolve o ingresso à intimidade de Deus. E isso vale também para o nosso corpo, para nossa humanidade inteira, porque, na pessoa de Jesus Cristo, o gênero humano é devolvido à sua plenitude. A pessoa de Cristo eleva a pessoa humana às origens, antes da queda. Glória ao Senhor por isso! “Convém que façamos festa porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado!” (Lc 15, 23-24). O Pai conquistou para nós, através de Seu Filho, a possibilidade de vivermos novamente para o Seu sonho para a humanidade. O Novo Adão nos eleva ao que verdadeiramente somos: imagem e semelhança de Deus.
Com tudo isso, entendemos o valor que o Pai dá à nossa humanidade. Não é à toa que, na Constituição Pastoral Gaudium et Spes, o Magistério nos ensina: “Corpo e alma, mas realmente uno, o homem, por sua própria condição corporal, sintetiza em si os elementos do mundo material, que nele assim atinge sua plenitude e apresenta livremente ao Criador uma voz de louvor. Não é, portanto, lícito ao homem desprezar a vida corporal, mas, ao contrário, deve estimar e honrar o seu corpo, porque criado por Deus e destinado à ressurreição no último dia. Mas, vulnerado pelo pecado, o homem sente as revoltas no corpo. Portanto, a própria dignidade do homem pede que ele glorifique a Deus, em seu coração, não lhe permitindo servir às más inclinações do coração” (GS 14, 1).
O pecado não é consequência de nossa humanidade, mas da concupiscência que habita em nós. Nossa humanidade é muito mais do que nosso pecado. Vencida a concupiscência, temos o Homem Pleno, cheio do Espírito Santo, conformado a Cristo, com quem crucificamos a carne para viver no Espírito. “Ora, se Cristo está em vós, o corpo em verdade está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação. Se o Espírito Daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8, 10-11). Alegre-se, pois, irmão, porque não fomos abandonados aos caprichos das nossas paixões. Antes fomos investidos da força do alto para elevar essa humanidade à “estatura de Cristo”.
Portanto, irmãos, nossa humanidade deve ser cultivada e não negada. Nossa ascese, nossa vida de oração, não pode ter por objetivo negar o que somos, o modo como fomos feitos pelo Criador. Antes, nossa caminhada deve buscar elevar essa humanidade ainda mais, assemelhando-a cada dia mais ao Cristo Senhor nosso. Ele veio “para que as ovelhas tenham vida, e vida em abundância” (Jo 10, 10). Isso significa viver em plenitude todas as vocações, chamados e aptidões. “Onde Deus te semeou é preciso florescer”, era o canto de Santa Teresinha. Dentro de cada homem há a semente do Reino, os talentos para construí-lo. Esses talentos se traduzem primeiramente nos nossos dons infusos, aqueles naturais: o gosto pelo esporte, pela leitura, pela natureza, por matemática ou por ciências, a facilidade para memorizar coisas, para cantar, o desejo de estudar, a carreira escolhida etc. Depois vêm os carismas e dons de serviço à Igreja. É preciso multiplicar todos esses dons, cultivá-los. Jamais enterrá-los (cf. Mt 25, 14-30).
Muitas vezes vemos irmãos de caminhada, abrasados pelo calor do Senhor, que, talvez por causa de direcionamentos equivocados, decidem negar tudo o que são, identificando nisso a conversão ‘radical’. Com o tempo, esse comportamento, não raro, desabrocha em frutos de amargura, frustração e rancor contra o próprio Senhor. A árvore se conhece pelos frutos, diz a Palavra. A verdadeira conversão liberta, não castra.  Muitos chegam até a abdicar dos seus próprios sonhos, dos desejos mais íntimos em relação ao futuro. Não percebem que eles foram plantados pelo próprio Deus Sonhador em seus corações. Cada sonho do Homem é um pequeno pedaço do Sonho do Pai. Jesus não veio para condenar, mas para salvar; não veio para negar, mas para transformar. Converter-se implica em abandonar o pecado e não a natureza humana criada por Deus.
É vital, para o Reino e para o indivíduo, que a humanidade de cada um seja resgatada. O Senhor não nos chamou do pó para sermos anjos. Chamou-nos a sermos Humanos! Fazendo isso, estaremos aproximando-nos mais e mais do Sonho de Deus. E é assim que Deus nos ama: com o Amor de Pai, que conhece profundamente o filho, a quem gerou no mais íntimo do seu Ser e a quem conhece antes mesmo do nascimento. O Pai te conhece, sabe dos teus anseios e de tuas necessidades. Que nossa alma não se atemorize diante de nossa humanidade, antes saiba ser esse o lugar privilegiado da manifestação do Amor do Pai.
QUIROGA, Aldo Flores e FLORES, Fabiana Pace Albuquerque. Práticas de Vida e Relacionamento– Ministério Jovem RCCBrasil. Módulo Serviço – Apostila I. 2ª edição.
Siglas:
CIC – Catecismo da Igreja Católica
GS - Constituição Pastoral Gaudium et Spes


EVANGELHO DO DIA - LEITURA ORANTE

Ano C - Dia: 08/10/2010



Jesus expulsa demônios

Lc 11,15-26

Mas alguns disseram:
- É Belzebu, o chefe dos demônios, que dá poder a este homem para expulsar demônios.
Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediam que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha de Deus. Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse:
- O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído; a família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Vocês dizem que é Belzebu que me dá poder para expulsar demônios. Mas, se é assim, quem dá aos seguidores de vocês o poder para expulsar demônios? Assim, os seus próprios seguidores provam que vocês estão completamente enganados. Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus já chegou até vocês.
- Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele.
- Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando.
Jesus continuou:
- Quando um espírito mau sai de alguém, anda por lugares sem água, procurando onde descansar, mas não encontra. Então diz: "Vou voltar para a minha casa, de onde saí." Aí volta e encontra a casa varrida e arrumada. Depois sai e vai buscar outros sete espíritos piores ainda, e todos ficam morando ali. Assim a situação daquela pessoa fica pior do que antes. 


Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante rezando, com os internautas de todo o mundo:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Espírito Santo,
tu que habitas, pela fé, nos nossos corações,
abre-nos à Palavra!
Seja a nossa inteligência e a nossa vontade,
terreno bom,
onde tu possas trabalhar com liberdade,
de modo que a nossa vida
seja sinal da tua caridade.
Amém.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na minha Bíblia, o texto: Lc 11,15-26, e observo pessoas, o que pensam e o que esperam de Jesus.
Um exorcismo e a expulsão de um demônio que era mudo causou admiração na multidão. Esta admiração era frequente frente aos milagres, mas não significava ainda, atitude de fé. Alguns até atribuem o exorcismo a um pacto com Belzebu! São os que têm restrições fundamentadas em dois aspectos: a dificuldade em compreender a origem e o poder de Jesus e a necessidade de um sinal. Conhecendo seus pensamentos, Jesus fala da destruição da família e do país dividido. Diz ainda que quem não é a seu favor é contra ele e quem não o ajuda a reunir e ajuntar, está espalhando. Da pregação de Jesus, entendemos também que nos uniremos quando nos amamos e dividiremos quando nos apegamos a nós mesmos e não nos preocupamos com o próximo
2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Sinto que promovo a comunhão na minha família, no meu trabalho, na Igreja? Ou, tenho a tentação de contradizer, dividir, criticar, colocar obstáculos? Sou a favor de Jesus Cristo presente na comunidade ou "não ajudo a ajuntar"? Em froma de oração, os bispos, na V Conferência, pediram:
"Guiados por Maria, fixamos os olhos em Jesus Cristo, autor e consumador da fé e dizemos a Ele com o Sucessor de Pedro:
"Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já se declina" (Lc 24,29).
Fica conosco, Senhor, acompanha-nos ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-te.
Fica conosco, porque ao redor de nós as mais densas sombras vão se fazendo, e Tu és a Luz; em nossos corações se insinua a falta de esperança, e tu os faz arder com a certeza da Páscoa. Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fração do pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu tens ressuscitado e que nos tem dado a missão de ser testemunhas de tua ressurreição.
Fica conosco, Senhor, quando ao redor de nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu, que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina nossas mentes com tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti." (DAp 554).
3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com os bispos:
"Fica, Senhor, em nossas famílias, ilumina-as em suas dúvidas, sustenta-as em suas dificuldades, consola-as em seus sofrimentos e no cansaço de cada dia, quando ao redor delas se acumulam sombras que ameaçam sua unidade e sua natureza.
Tu que és a Vida, fica em nossos lares, para que continuem sendo ninhos onde nasça a vida humana abundante e generosamente, onde se acolha, se ame, se respeite a vida desde a sua concepção até seu término natural.
Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza de nosso Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças. Oh bom Pastor, fica com nossos anciãos e com nossos enfermos!
Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!"( DA 554).
4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de comunhão, de promoção da união de todos que encontro e por onde passo.
Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. -
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
Fonte: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx